terça-feira, junho 24, 2003

Mais um São João para recordar

Começou bem o meu S. João. Eu e um colega meu fomos cravados por um drogado que – se não lhe déssemos o desejado dinheiro para a sua droga – nos ia esfaqueando em plena rua 31 de Janeiro. Embora Rui Rio e os seus «amigos» camarários estejam fartos de nos encher os ouvidos com tretas sobre o fim da droga no Porto, os efeitos estão à vista: tudo continua na mesma, ou está a piorar.

Mas esqueçamos os problemas da cidade invicta. Centremo-nos na noite de folia. O S. João ainda é vivido com alegria e intensidade. Muita martelada e alho-porro são os condimentos da grande festa popular da cidade do Porto. Porém, este ano havia menos gente nas ruas. Podemos afirmar isto por experiência própria. Três factores podem explicar esta falta de adesão – que mesmo assim foi grande – à noite sanjoanina. O primeiro está relacionado com esta data ter calhado junto a um fim-de-semana, fazendo por isso muita gente ponte, umas mini-férias antecipadas. O segundo factor está relacionado com as três grandes festas do FC Porto (e ainda bem que as houve) que fizeram com que o povo se fartasse de comemorar. O terceiro é o factor económico, ou seja, as pessoas, devido à crise e ao aumento do desemprego – problemas que grassam no nosso país – não têm dinheiro para se divertirem. É pena que isto aconteça…
Mas o S. João, este ano, teve alguns dissabores e alegrias. Os dissabores estiveram relacionados com um engano/esquecimento por parte de um grupo que se desuniu. Já a chegar à Foz, o grupo em que nos inseríamos separou-se. Para um lado aqueles que foram para a Foz. Quatro pessoas, no qual nos inseríamos. Três outros amigos precisaram de ir à Praça da Galiza buscar o carro onde estavam as suas coisas. Prometeram ir ter depois à Foz. Porém, houve esquecimento. Ao Ivo Adão, ao Ricardo Bastos e ao André Viana as nossas desculpas sinceras. Não julguem que nós ficamos indiferentes ao que se passou. Sentimos culpa por nos termos esquecido de vós. Porém, este acontecimento serve para dar uma lição a todos sem excepção: o S. João é algo que não pode ser combinado à última da hora. Para o ano estaremos juntos – temos a certeza – e tudo acontecerá pelo melhor.
As coisas boas foram a diversão, o convívio entre amigos, o fogo de artifício e o continuar a sentir um orgulho imenso na cidade do Porto, no continuar das suas tradições. A força do norte e das suas gentes ainda está presente no S. João. E mesmo aqueles que não são do Porto gostam. È bom ver alegria nas pessoas que pela primeira vez vêm ao S. João. Outra coisa boa foi, nesta noite, termos finalmente esclarecido um mal-entendido com uma rapariga. Falamos, finalmente, com ela frente-a-frente sem precisarmos de «intermediários». Ela julgava que eu não simpatizava com ela e vice-versa. Porém, tudo ficou ontem esclarecido. E ainda bem. Nós não queremos, no nosso curso, intrigas ou conversas pelas costas. A essa rapariga mando, se ela também ler este texto, um beijinho de compreensão. Assim se dissipa a polémica sobre as mulheres, que se estendeu a este blog e ao O Por do Sol. Foi bom o S. João também por isto.
Finalizando. Viva a cidade do Porto, que amamos com intensidade e viva o São João.

Duarte SD