domingo, março 04, 2007

Eterno Retorno

E os céus as cores as árvores e suas folhagens continuam a resistir às mudanças das estações. A mesma claridade douradamente permanece a luzir na zona da cidade onde há cinco anos cheguei. As traseiras e os telhados degradados daquela rua que à zona da cidade o nome dá parecem fotograficamente no tempo terem parado. Tudo isto parece estar a dizer-me algo…

O professor parou de falar. Por um momento retoma o fôlego. Neste repentino silêncio na sala de aula do segundo andar desvio a atenção do ambiente de lá fora. A janela está aberta. Uma agradável tarde de Outono à frente do meu olhar se despede. Por momentos revejo tudo isto de outra janela que um corredor perdido de outro edifício iluminava. Tudo está igual. Tudo está diferente dentro de mim. O peso do passado e do futuro deixo de sentir. Tudo é presente. Tudo é leveza.

A lição é retomada. O professor já explica novas teorias e leis. O tempo volta a correr. Desvio de novo a atenção da figura do professor e lá para fora de novo olho com uma terna cumplicidade. A noite avança calmamente. Os últimos raios de sol dizem adeus nas janelas em brasa dos altos edifícios ao longe. Sinto-me bem ao contemplar isto. Sinto-me humano.

Sinto-me no meu mundo como se sempre aqui me encontrasse e aqui permanecesse num tempo indefinido.

1 Comments:

Blogger White Castle said...

Era este o post que me falaste... e inda bem que o li dp de tu me teres falado nele porque ele tornou-se mais vivo pela intensidade do teu olhar, pela veemência dos gestos,e pelo tom da tua voz! *******

6:33 da tarde  

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