Ideias e Pensamento
Blog de reflexao sobre o quotidiano do ser na Terra - email: idyops@hotmail.com
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quinta-feira, dezembro 29, 2005
Páginas Amarelas, mapas incorrectos

Mas os erros não ficam por aqui. Como por magia, a linha de comboio para a Póvoa ainda existe, convivendo no mesmo canal com o Metro! Pasme-se!. Ainda existem as estações ferroviárias da Trindade e da Avenida de França.

quarta-feira, dezembro 28, 2005
O local

Fim de tarde de agosto no centro da Europa. O calor temperado abraçava os corpos turisticamente vestidos. O céu estava limpo. O astro-rei que nos ilumina em queda lenta se encontrava. E ao descer, o céu acolhia-o num lilás suave, que aos poucos de coloração mudava. Nenhuma câmara fotográfica podia revelar tal cor. Só talvez um pintor impressionista conseguisse do momento se aproximar.
O local estava calmo. Excessivamente calmo. Um imenso relvado percorria-o, só cortado a meio por uma linha de comboios que adiante acabava, e também pelos ribeiros pantanosos que davam cheiro ao local. Um cheiro não desagradável, no entanto, visto que era natural. Não havia ali acção poluente do ser humano.
Os grilos começavam a acordar. Ruidosamente começavam a dar sinais de vida. O seu som compunha uma banda sonora encantada para qualquer um. Mas o local não levava a tais sentimentos.
Como se tivessem sido semeados geometricamente, encontravam-se vários barracos no local. Muitos deles em ruínas. Outros bem conservados. Perfeitamente visitáveis. Ao fundo do imenso terreno onde estas coisas existem, encontram-se várias ruínas e um monumento. Inscrições em várias línguas existiam (exceptuando o português, mas o caso não é para aqui chamado), que esse monumento ilustram. Não explicam. Aí, quem se voltasse de costas, via a entrada do local. Uma simples construção de madeira com uma torre no meio.
Quem visita este local não pode sorrir. A relva verde que pisa, no meio de terrenos pantanosos, fertilizada foi por seres humanos. O nome do local é Oswiecim - Brzezinka. Mas para a posteridade passou a ser Auschwitz - Birkenau.
terça-feira, dezembro 27, 2005
segunda-feira, dezembro 26, 2005
O fim da tempestade
As manhãs de inverno parecem mais claras nestes dias natalícios que rápido se acabam. O frio permanece, mas o céu sem nuvens transmite energia aos Homens, qual plantas da criação que precisam também deste elemento para sobreviver.
A tempestade por que passei nada mais foi do que um pesadelo cor-de-rosa. Talvez agora, finalmente, se possam seguir os sonhos. Tenho direito a eles, como toda a gente, e sem brados a os ouvidos me aterrorizarem. Porque a matéria onírica também é importante para o Homem poder viver. E por mais tempestades que – como uma sinfonia de clamores e guinchos – hajam, eles não morrem.
sábado, dezembro 24, 2005
"Tragédia" de fim de ano
Não sei o que fazer! Estou desesperado. Comecei a olhar para as estantes aqui de casa e descobri que tenho centenas (juro que não estou a exagerar) de livros para ler. Desde História a Política, passando por literatura e Arte. As minhas estantes não têm ordenação, tantos os livros em primeira, segunda e até terceira fila. Meu Deus, quando os vou ler???
Tenho também que estudar para os exames. A matéria é interessante. Pena ser muita!!!
Centenas de discos estão por ouvir! Tenho-os espalhados pelos caixotes desde a Clássica até ao Jazz. Fora os discos de rock - às vezes discografias completas - que estão enfiados no computador e em cd's, nesse milagre de formato que é o mp3.
Também ando envolvido na política. Tenho também a família, nunca esquecida. Os meus amigos e amigas com quem adoro estar. E muito mais... E o cinema? Tantos livros sobre a 7ª arte que possuo e ainda não abri. Tantos filmes para ver e nada ainda (Polanski, perdoa-me. O pianista está guardado. Ainda não o pude ver...)
Estou cheio de projectos e não tenho tempo suficiente para eles. Tantas coisas e o tempo esvai-se. Que posso fazer para congelar o tempo??? :-((((((
Que tragédia que em está a acontecer. O meu dia devia ter 72 horas...
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Humano. Demasiado Humano
Os teus olhos possuem um sentimento insondável. Neles está reflectido algo de profundamente inalcansável. Não é com as palavras que a ele posso chegar. Tudo talvez dependa de mim e nada de mim depende. É tão, ou mais forte, em certos momentos a expressão para além da palavra.
Palavra... por vezes o grande dom humano. A sua força. Mas também a sua fraqueza em tantos momentos.
Quero a ti chegar. Mergulhar na doçura do teu sorriso. Mas não sei por onde começar, ou sequer como começar. Falharei se algo disser.
Quantas vezes os caminhos do Homem são complexos. A sua grandeza foi ter-se libertado da natureza. Mas aí também começou a sua perda. Alcançar o amor nos tempos em que a voz fala mas não diz é algo só executável por alguns. Porque ser directo, mostrar os nossos puros sentimentos ao outro, é difícil. Dizer "amo-te" directamente, à mulher cujo sorriso nos faz o pensamento parar, é impossível tarefa neste tempo em que a comunicação deixa de ser perfeita. Noutros tempos primitivos os sentimentos inexistentes eram. Mas tornamo-nos humanos. Demasiado humanos...
Ganhamos o sentimento amoroso. Perdemos as despreocupações.